Estas sugestões são oferecidas somente no sentido mais geral e devem ser adaptadas para contemplar as necessidades únicas de cada estudante com Síndrome de Asperger.
• Insistência em semelhanças
Crianças com Síndrome de Asperger são facilmente oprimidas pelas mínimas mudanças, altamente sensíveis a pressões do ambiente e às vezes atraídas por rituais. São ansiosos e tendem a temer obsessivamente quando não sabem o que esperar; Stress, fadiga e sobrecarga emocional facilmente os afeta.
Sugestões: fornecer ambiente previsível e seguro; minimizar as transições; oferecer rotinas diárias consistentes; evitar surpresas: preparar a criança previamente para atividades especiais, mudanças de horários ou qualquer outra mudança de rotina, independente de quão mínima seja; afastar o medo do desconhecido, mostrando à criança as novas atividades, professor, classe, escola, acampamento, etc. com antecedência, tão cedo quanto possível depois dele/dela ser informada da mudança, para prevenir medo obsessivo (por exemplo, quando a criança com Síndrome de Asperger precisa trocar de escola , ela deve ser apresentada ao novo professor, passear pela escola e ser informada de sua nova rotina antes de começar).
• Dificuldades em interações sociais
Crianças com Síndrome de Asperger mostram-se inábeis para entender regras complexas de interação social; são ingênuas; extremamente egocêntricas; podem não gostar de contatos físicos; falam junto às pessoas em vez de para elas; não entendem brincadeiras, ironias ou metáforas; usa tom de voz monótono ou estridente, não-natural; uso inapropriado de olhar fixo e linguagem corporal; são insensíveis e com o sentido do tato deficiente; interpretam erroneamente as deixas sociais; não conseguem julgar as "distâncias sociais" exibindo pouca habilidade para iniciar e sustentar conversas; têm discurso bem desenvolvido, mas comunicação pobre; são às vezes rotulados de "pequeno professor" porque seu estilo de falar é semelhante ao adulto e pedante; são facilmente passados para trás (não percebem que outros às vezes os roubam ou enganam); normalmente desejam ser parte do mundo social.
Sugestões:
Proteger a criança de ser importunada ou bulida; nos grupos mais velhos, tentar educar os colegas sobre a criança com Síndrome de Asperger, quando a dificuldade social é severa, descrevendo seus problemas sociais como uma autêntica dificuldade; elogiar os colegas quando o tratam com jeito (isso pode prevenir que se torne bode expiatório, ao mesmo tempo que promove empatia e tolerância nas outras crianças); enfatizar as habilidades acadêmicas da criança com SA , criando situações cooperativas onde suas habilidades de leitura , vocabulário , memória e outras sejam vistas como vantajosas pelos colegas , aumentando dessa forma sua aceitação; muitas crianças com SA desejam ter amigos , mas simplesmente não sabem como interagir. Elas precisam ser ensinadas a reagir a situações sociais e a ter um repertório de respostas para usar em várias situações sociais. Ensinar as crianças o que dizer e como dizer. Modelar interações bidirecionais e treinar. Embora sua dificuldade para entender as emoções dos outros, crianças com SA podem aprender a forma correta de reagir. O professor pode educar um colega sensível e hábil quanto à situação da criança com SA e sentá-los próximos. O colega pode cuidar da criança SA no ônibus, no recreio, nos corredores, etc., e tentar incluí-lo nas atividades da escola.
• Gama restrita de interesses
Crianças com Síndrome de Asperger têm preocupações excêntricas ou ímpares, fixações intensas (às vezes colecionando obsessivamente coisas não-usuais). Eles tendem a "leitura" implacável nas áreas de interesse; perguntam insistentemente sobre seus interesses; tem dificuldades para ir avante com idéias; seguem as próprias inclinações, a despeito da demanda externa; às vezes recusam-se a aprender qualquer coisa fora do seu limitado campo de interesses
Sugestões: não admitir que a criança com SA discuta perseverantemente ou faça perguntas sobre interesses isolados. Limitar esse comportamento designando um tempo específico do dia, quando a criança pode falar sobre isso. Por exemplo: a uma criança com SA com fixação em animais e tem inumeráveis perguntas sobre um tipo de tartarugas e pode ser permitido fazer essas perguntas somente durante o recreio. Isso fará parte de sua rotina diária e ela aprenderá rapidamente a se interromper quando começar a fazer esse tipo de perguntas em outros horários do dia;
Fonte: AMA – Associação de Amigos do autista
Karen Williams, traduzido por Beatriz Toledo
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis
http://www.indianopolis.com.br
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